O projeto foi desenvolvido, construído e instalado pela Tecitec, na Rodojacto, empresa de transportes rodoviários. A Tecitec também já havia fornecido uma ETE para outra empresa do grupo, a Jacto Agrícola. A Rodojacto atende a diversos segmentos sendo os mais críticos, o agrícola e o petroquímico.
José Roberto Souza, gestor da Rodojacto, explica que a idéia da ETE foi lançada há 6 anos, inicialmente pela consciência ambiental exigida pelo segmento agrícola, por trabalhar com defensivos e também pelo fato da Rodojacto ser geradora de resíduos. Ficou definido pelos gestores e Conselho que a consciência ambiental passaria a fazer parte dos valores da empresa.
O problema da limpeza da frota para os segmentos petroquímicos e alimentício é um fator de grande importância, pois estas empresas estão instaladas no interior e toda carga que vem dos grandes centros é incompatível com a carga que está retornando para os centros - os produtos alimentícios.
Nem sempre os transportadores tem uma base de operação que pode fazer a descontaminação das carretas e contenedores. Para a Rodojacto, isto trouxe um diferencial competitivo importante, não em relação a remuneração maior, mas no processo de escolha do transportador, principalmente nas multinacionais que tem a preocupação ambiental como um valor internalizado.
Do ponto de vista de produtividade, a Rodojacto passou da lavagem de 200 veículos/mês para 1000 veículos/mês. Com este limite, muitos veículos não eram lavados então não havia manutenção preventiva que resultava em manutenção corretiva, um fator complicador em relação a custo.
Souza conclui que não ter esta ETE com reúso de água, além do problema do deságue de material contaminado no meio ambiente, também levava a problemas de manutenção corretiva dos veículos.
Visando crescimento do grupo, quando foi instalada, a Rodojacto utilizava 20% da capacidade que a ETE podia oferecer. O que permitiu tratar também os resíduos de outra empresa do grupo - a Unipac plásticos, que atende montadoras e grandes players que também exigem esta consciência ambiental. Ela acumula o efluente em tanques para depois tratá-los na nova ETE.